Em comemoração ao Dia dos Povos Indígenas, a Câmara Municipal realizou o evento que contou com apresentações e exposições culturais
Taboão da Serra recebeu pela primeira vez o Povo Indígena Kaimbé, no dia 29/04, na Câmara Municipal, localizada no Jardim Henriqueta. A visita ao município também foi prestigiada pelos alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Cecília Meireles, que foram convidados a conhecer um pouco mais sobre sua cultura em celebração ao mês dos Povos Indígenas.
No encontro, as crianças aprenderam sobre a cultura indígena e os costumes do povo Kaimbé. A apresentação iniciou com uma dança típica, e foi seguida por diversas perguntas feitas pelo cacique Alex aos estudantes sobre o que sabiam do assunto. “Eu estou ansiosa para aprender sobre a cultura deles! Na escola aprendemos mais sobre outras culturas. Quero saber como eles vivem, sua região. Tenho certeza de que vamos aprender bastante”, ressalta Lorena Alves, aluna da EMEF Cecília Meireles.
“Estamos trazendo uma cultura de base, do povo que estava aqui desde o tempo da invasão. Nós temos uma cultura florida, com o canto e a dança. A cidade abriu os braços para a população indígena para que a gente venha nos apresentar. Então, Taboão da Serra está levando para a escola o conhecimento, que é fundamental”, destaca Alex Wera, cacique do povo indígena Kaimbé.
A Câmara Municipal realizou a atividade em comemoração ao mês dos povos indígenas, que acontece em abril, para despertar o conhecimento sobre essa cultura e desmistificar conceitos existentes na sociedade. A professora, Stephanie Alcântara, destaca a importância de levar os alunos para esses eventos. “É muito rico saber, conhecer. É algo que eles não têm oportunidade todos os dias de estarem vendo pessoalmente outras culturas e etnias. Aqui eles vão conseguir conhecer melhor a cultura indígena, que faz parte da nossa história”, ressalta.
Mais sobre o Povo Indígena Kaimbé
Os indígenas Kaimbé têm suas raízes na aldeia “Massacará” no município de Euclides da Cunha, no sertão baiano, entre as bacias do rio Itapicuru e Vaza Barris. A migração para São Paulo foi ocasionada pela destruição de sua região, que fortaleceu a luta e busca por sobrevivência até hoje. Atualmente, há cerca de 180 famílias da etnia Kaimbé em solo paulista.
O povo Kaimbé marca sua trajetória pela realização de grandes encontros culturais em escolas públicas, praças e parques. Neles, mostram sua cultura e seus costumes.